Telhado de sapé
Eu já falei um pouco sobre essa experiência em outro post (relembre aqui).
Casa da d. Jorgina
Importante saber que foi feita em várias etapas, e infelizmente eu não estive em todas, mas consegui registrar momentos importantes do processo. O sapé é um capim alto que já não se encontra tão facilmente, nas terras do quilombo ele é bem escasso, assim o pessoal se mobilizou para colher em outra fazenda, antes que o dono ateasse fogo. O sapé é considerado uma praga, já que não serve para alimentar o gado, esse é o principal motivo para a sua diminuição e consequentemente para a diminuição do seu uso como material de construção.
Primeiro fomos arrancar o sapé, eu mesma arranquei quase nada, não é fácil viu rs. Depois disso ele ficou secando em um lugar protegido da chuva.
Num outro dia fomos cortar o bambu que serve como estrutura para o telhado.
E depois de rezar pra não chover, fizeram outro mutirão para trocar o sapé antigo e colocar o novo, pelo menos em uma parte da casa. Luzia ofereceu um super almoço pro pessoal e mais parecia uma festa.
Pausa para o café com pão caseiro do Nelson =)
O sapé é separado em pequenos fardos que são arremessados para cima, enquanto uns vão atando o capim ao bambu com arame, outros fazem os fardos e outros arremessam, é um super trabalho em equipe.
É tá faltando foto dele pronto, vai ficar pra outro post. Deixo aqui um vídeo que é um resuminho desses dias, pra compensar.
Muito grata por ter essa oportunidade, cada vez que eu aprendo algo assim, na raiz do negócio, eu me sinto muito privilegiada e o mais lindo é a quantidade de amigo que a gente faz ao mesmo tempo que aprende um monte de coisa nova. Ahooo